Não se tratava de um evento para medir filhotes de galinhas. Era pinto mesmo. Daqueles que os humanos do sexo masculino possuem e se orgulham tanto de possuí-los. Principalmente depois que Freud fez dele – o pinto – uma espécie de “eu tenho você não tem”. Era a versão Rambo do Concurso de Miss Universo. A disputa se dava através da medição. O candidato colocava o pinto sobre a mesa milimetrada e media o tamanho, depois colocava sobre a balança para medir a massa. O número somado e dividido era a nota.
Durante a medição muitos pintos caíram por terra, sobretudo daqueles que gozavam com o pau dos outros. Políticos, jogadores de futebol, artistas, empresários, fazendeiros, jornalistas, publicitários e toda sorte de supostos pintudos ficaram só na propaganda.
Ganhou um pintudo da alta sociedade. Competidores das classes sociais inferiores reclamaram de propina. O vencedor subiu no pódio e mostrou o pinto para todo mundo. Ele era o cara, o maior pinto do mundo. Claro que na hora do discurso, o Mister Pinto não pediu a paz no mundo. Ele disse… (melhor não dizer o que ele disse)… mas todos aplaudiram e ele ficou de pau duro.