Eu li a frase numa parede. Estava voltando de ônibus do fim do mundo, de repente, o ônibus fez uma curva e vi a frase grafitada no muro: Se você é tão louco como nós, então deixe transpirar seus sentimentos. Anotei na memória. Depois fiz a música usando a frase como refrão. Nunca imaginei que fosse virar o hino dos porraloca. Eu tinha que tocar a música pelo menos umas tres vezes no fim da balada. Na terceira vez, o refrão ficava infinito. O povo cantava de olho fechado, dançando, pulando, fazendo jogral. Pirava na batatinha. Era louco. Era nós.