Donana vira o balde em posição de tambor e batuca uma folia de reis. As galinhas, hipnotizadas pelo som, vão surgindo das árvores, das cestas, das moitas, e até de outras dimensões. Donana enche o balde com grãos de milho, remexe com a mão e o tambor vira um chocalho. As galinhas giram feito mestre sala ao redor da porta-bandeira. Donana apanha um punhado de milho e arremessa ao ar. O terreiro fica salpicado de confetes amarelos. Frevo intenso. Naipe de cocoricós. Os foliões comem o carnaval. Sobra a quarta-feira de cinzas.