Jorge colocou o violão no meu colo e disse:
— Toca uma pergunta!
Fiz cara de bundalelê e fiquei olhando para o violão. Jorge se tocou e me ajudou:
— Faz uma frase musical!
Ah! Claro! Simples! Ainda não tinha a mínima ideia do que Jorge estava me pedindo. Ele me ajudou novamente.
— Faz qualquer coisa!
Qualquer coisa é fácil. Peguei o violão e fiz: te ti tere tã tirere.
— Ótimo! — ele disse — Faz isso de novo!
Eu repeti: te ti tere tã tirere.
— Muito bem — ele disse — Essa é a pergunta, agora dá uma resposta!
Resposta?! ti tere pãpã pã pããã.
— Excelente! — ele exclamou — Agora toca a pergunta e a resposta juntos!.
Te ti tere tãtirere ti tere pãpã pã pããã.
— Isso mesmo! — ele disse — Essa é a primeira frase da sua redação, agora imagine que a frase inteira é uma pergunta: qual é a resposta?
A pergunta na minha cabeça era: será que todo músico é louco assim? A resposta foi: te ti tere tãtirere ti tere pãpã pã pããã pare parepã tirerere pãpã titi tere.