Não havia internet na época, então, de vez em quando, alguém chegava excitado com uma fita debaixo do braço. Não era pornô, era filme novo de skate. Os astros eram caras como Christian Hosoi, Tony Hawk, Tommy Guerrero, Rodney Mullen, entre outros. Festa estranha com gente esquisita, eu sei, porém, mais aguardada que final de copa do mundo. A molecada se amontoava na sala de televisão, olho duro, assistindo e vibrando com cada manobra na tela. Terminada a primeira sessão, imediatamente começava a segunda, com direito a pause, slow motion e comentários cheios de gírias. Dava para sentir o goforit brotando na molecada. Uma vontade louca de andar de skate que nos empurrava para frente, para cima e para novas manobras.